NOTA DO BLOG: Como autorizado pelo Deputado Dudimar Paxiúba, apresento uma resenha sobre seu pronunciamento, sendo que a íntegra de tal discurso encontra-se no sítio: https://skydrive.live.com/view.aspx?cid=27898AD9F3E419C4&resid=27898AD9F3E419C4%21803&app=Word&wdo=1
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ
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Sem supervisão
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Sessão:
001.4.54.O
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Hora: 17:02
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Fase: GE
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Orador:
DUDIMAR PAXIUBA
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Data: 04/02/2014
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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao
ilustre Deputado Dudimar Paxiuba do Bloco PROS-PA , do Pará, que dispõe de três
na tribuna.
O SR. DUDIMAR PAXIUBA (Bloco/PROS-PA. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, volto mais uma vez
a ocupar esta tribuna para reclamar do estado de quase abandono em que se
encontram as duas importantes rodovias federais, que cortam o Município de
Itaituba, onde resido, no Estado do Pará, principalmente com relação à
BR-230, que passa no centro da cidade de Itaituba, e que hoje se encontra
em estado deplorável. Não há condição alguma de trafegabilidade.
E o Governo
faz promessas atrás de promessas, promessas essas que não são cumpridas. A
população de Itaituba cansou de esperar — paciência tem limite. Os empresários da cidade,
que não conseguem mais negociar seus produtos, porque os consumidores não
têm mais como ter acesso aos estabelecimentos comerciais, se reuniram e tomaram
uma decisão drástica: fechar o perímetro urbano da Transamazônica e impedir,
também, o funcionamento da balsa que faz a travessia do Rio Tapajós,
no sentido Itaituba-Miritituba-Itaituba e não consiga transportar os
carros a partir do dia de amanhã.
E essa decisão, tomada pelos empresários e pela população de
Itaituba (N. B: Veja, vereador
Isaac Dias, o que diz o deputado!), vem em razão do
descaso, do abandono desse perímetro urbano da Transamazônica. Até morte já
ocorreu, como consequência de graves acidentes no perímetro da
Transamazônica, no trecho urbano de Itaituba.
(...) O Exército tenta
fazer um trabalho, mas é muito moroso, um trabalho em que a morosidade é
muito grande. E nós não podemos mais suportar esse estado de coisas.
(...)
Tenho insistentemente,
quando subo a esta Tribuna, abordado o problema de transportes no Estado do
Pará, em especial na região sudoeste de nosso querido Estado. (...) o município de Itaituba é a maior vítima desse sofrimento
imposto por esse verdadeiro caos que se transformou o transporte rodoviário por
essas duas importantes rodovias federais, que são a Rodovia Transamazônica
(BR-230) e Santarém-Cuibá (BR-163).
A Sociedade
itaitubense está à beira de um ataque de nervos. A classe empresarial não mais suportando tantos prejuízos decorrentes
da impossibilidade de acesso dos consumidores a seus estabelecimentos
comerciais, estão mobilizados objetivando obstruir o trecho urbano e paralisar
a travessia da balsa no rio tapajós, para chamar atenção das Autoridades
Competentes, para tão grave e angustiante problema de mobilidade urbana.
Tenho
que reconhecer que paciência tem limite. Já se
esperou demais, já se acreditou demais, já se ouviu
promessas em demasia. Não dar mais para esperar. (...) Como resposta, sempre ouvimos
que o governo, através do Ministério dos Transportes e do DNIT está trabalhando na busca de solução e de que até recursos (na ordem de mais de
quatro milhões) já teriam sido liberados para realização das obras necessárias
para a recuperação do trecho urbano da Rodovia Transamazônica.
Entretanto,
decorrido todo esse significativo tempo, apenas algum trabalho paliativo (muito pequeno e
insuficiente) foi realizado pelo Exército (BEC), resultando quase nada de
efeito prático. O
inverno rigoroso chegou e mais uma vez voltamos a sofrer com a ocorrência da
dupla: lama e poeira. Quando chove, ocorre um lamaçal insuportável, formando-se
muitas poças de água, verdadeiras lagoas; e quando faz um solzinho levanta um
poeiral que deixa o ar insuportável, causando todo tipo de doenças
respiratórias.
E vem a pergunta: Afinal o que está faltando? Seguramente falta boa vontade, disposição, querer
mesmo. Porque se o DNIT afirma categoricamente que já dispõe de recursos
financeiros necessários para a realização das obras, o que impede, trava,
dificulta, impossibilita a realização dos trabalhos, tão necessários,
imprescindíveis e inadiáveis. (...) paga-se um altíssimo preço, até mesmo com
sacrifício de vidas humanas, face aos constantes acidentes de trânsito
proporcionados pelas péssimas condições de trafegabilidade, alguns desses
acidentes, infelizmente, com vítimas fatais.
Incluo-me na
corrente de pensamento que defende o esgotamento de todas as formas de
entendimento através do diálogo, do consenso da via diplomática. Entretanto, não é mais possível se aguardar por uma solução
que nunca chega (...) O Diretor do DNIT (...) Compromete-se a solucionar o problema, mas de
prático até agora quase nada aconteceu.
Temos
sofrido, repito, todas as amarguras advindas do estado de quase abandono que se
encontram as rodovias federais que cruzam a região sudoeste do Pará,
especialmente o município de Itaituba. Sofre-se com a travessia deficiente do
Rio Tapajós, com as pontes que continua aguardando providências mínimas
(colocação de aterro em suas cabeças) para que se possa aposentar as velhas e
inservíveis pontes de madeiras.
Mas,
sem dúvida, o maior sofrimento é o estado deplorável do perímetro urbano de
Itaituba, da Rodovia Transamazônica. Mais uma vez, aproveito o ensejo para
rogar ao Ministro dos Transportes e ao Diretor Geral do DNIT que determinem a
realização das obras necessárias em caráter de urgência. A população
itaitubense não suporta mais tanto descaso e abandono.
Requeiro a publicação do presente pronunciamento nos meios de
comunicação da Câmara dos Deputados e no programa Voz do Brasil.